quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A Janela


Senti um pouco de frio e abri os olhos.
A janela estava aberta.
Nunca durmo com as janelas e portas abertas. Esta não era a minha janela.

Esta janela tinha uma vista muito melhor que a minha vista para o prédio da frente.
Eu via os edifícios que se elevavam no horizonte. Via vida que se movimentava na rua. Via o céu e a lua.
O frio passou quando te enxerguei ao meu lado na cama de solteiro que parecia tão grande.
Cabia você. Cabia eu. Cabíamos nós e nossas risadas, brincadeiras e histórias.  Todo o seu calor. E a janela aberta.

Senti um pouco de frio e abri os olhos.
A janela estava aberta.
Nunca durmo com as janelas e portas abertas. Esta não era a minha janela.

Esta janela tinha uma vista muito melhor que a minha nova vista. Para o prédio da frente.
Eu via outros edifícios se alongando no horizonte. Via vida que corria a oitenta por hora na avenida. Via o céu e a lua.
O frio não passou quando te enxerguei do meu lado na cama de casal que parecia tão pequena.
Cabia você. Cabia eu. Não cabíamos nós e cada unitária risada, sem brincadeiras e poucas histórias.
Sem nenhum calor.
E a janela aberta.

Nenhum comentário: