quarta-feira, 14 de abril de 2010

"De onde vem o jeito tão sem defeito que esse rapaz consegue fingir?"


Podia ser mais simples. Apaixonar-se por quem se apaixona por mim.


Mas sabem aqueles por quem me apaixonei que apaixonada estava eu? Assim como não soube eu que apaixonado estava aquele que por mim se apaixonou.


E sonhei.


Sonhei com aquele que o certo seria não sonhar. Aquele que não sei se comigo sonha. Assim como aquele que comigo sonhou e nunca eu soube, e nunca ele pôde.


E suspirei.


O suspiro por quem não posso eu ter, por aquele  mesmo com quem não posso eu sonhar e tampouco por quem possa eu me apaixonar.


Escrito escutando: De onde vem o jeito tão sem defeito que esse rapaz consegue fingir? Olha esse sorriso, tão indeciso, está se exibindo para a solidão. Não vão embora daqui. Eu sou o que vocês são. Não solta da minha mão, não solta da minha mão...
 

5 comentários:

B, disse...

Ai ai!

B, disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Túlio Campos disse...

Fantástico! Envolvente... um ciclo que não acaba com o que começou. Aliás... muito bem inspirado.

C. Lisdália disse...

Que bonito....

Monique disse...

muito bom! adorei mesmo!!