A cidade e os amigos mudaram, as paixões se desfizeram e o
coração parece calmo. Até que toca uma música que consegue encontrar aquela
ferida que parecia tão bem cicatrizada, maquiada e escondida.
De repente, já não sou uma adulta com problemas maiores. Sou
aquela adolescente sentada, encolhida, no canto do quarto, chorando aos
soluços.
Sou feita disso, não há o que esconder: A minha força vem
dos meus tombos e o meu riso de cada uma das lágrimas derramadas.
A música acaba e me sinto como quem acaba de ver um
arco-íris depois de correr da tempestade.